quinta-feira, 31 de março de 2011

Perguntas...

imgres.jpg1. Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e  te perguntam: 
 - Você tá dormindo?
- Não, to treinando pra morrer!



2. Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico  pergunta: 



  - Ta com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.
 

3. Quando está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam: 
   
imgres.jpg- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima. 



4. Quando você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:  
 - Acordou?
- Não... Sou sonâmbulo!
 



5. Seu amigo liga para sua casa e pergunta: 
imgres.jpg- Onde você está?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!
 



6. Você acaba de tomar banho e alguém pergunta: 
- Você tomou banho?

- Não, mergulhei no vaso sanitário! 


7. Você tá na frente do elevador da garagem do seu prédio e chega um que pergunta: 
- Vai subir?
- Não, não, to esperando meu apartamento descer pra me pegar.
 

8. O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de 

imgres.jpgflores. Até que ela diz: 
- Flores?

- Não! São cenouras. 

9. Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta: 

 - Tem gente?
- Não! É o cocô que está falando!
 

10. Você chega ao banco com um cheque e pede pra trocar:
 
- Em dinheiro? ?
- Não, me dá tudo em clipes
 

segunda-feira, 21 de março de 2011

           
                                                             A mais perfeita manhã


            Foi uma manhã perfeita! Para começar, acordei exatamente às seis horas da manhã, sendo carinhosamente e gentilmente chamada pela doce voz da minha mãe:
             -- DROGA PATRICIA! SAI DESSA CAMA LOGO E PARA DE LERDAR! ACOOORDA, PORRA!
            Enquanto ela ia dizendo essas carinhosas palavras, espreguicei-me e abri meus olhos. Para acordar por completo e sair das cobertas que me aqueciam, o frio colaborou bastante! Ainda por cima, ao olhar pela janela, o tempo cinza e nublado sorria pra mim, e deu até pra ver o quão animada fiquei ao ver a expressão preocupada de mamãe ao olhar pra mim. Encorajada por todas essas situações, inclusive esta última, levantei da cama e fui em direção ao banheiro. Chegando lá, abri a torneira, e levei meu rosto até a água escorrendo. Em seguida, ergui o mesmo e o contemplei no espelho. Era evidente a minha felicidade, estava estampada em minha face, cheia de olheiras e amassada. Com isso, notava-se claramente que havia dormido super bem à noite! Nem tive pesadelos e nem fiquei acordando de hora em hora! Parabéns pra mim!
            Após a minha rapidez e agilidade no banheiro (meia hora não é nada!), eu saí deste enrolada em uma toalha e fui procurar algo pra vestir no armário. Imaginem que fiquei apenas vinte minutos escolhendo uma roupa pra vestir, foi um recorde pra mim! Só faltava um tênis pra calçar e então, estaria definitivamente pronta! Estava eu prestes a começar mais uma missão impossível, quando minha mãe, com todo seu amor materno, escancarou a porta de meu quarto e com toda a paciência, disse algo parecido como:
            -- ESTAMOS ATRASADAS! PÔE LOGO QUALQUER DROGA DE TÊNIS ANTES QUE EU TE ARRASTE EM DIREÇÂO AO CARRO COM VOCÊ DESCALÇA MESMO!
            Como ela havia utilizado tais palavras carregadas de afeto, obedeci ao seu pedido amoroso prontamente e coloquei um all star preto bem velho, o primeiro que eu tinha visto pela frente.
            Fui correndo ao encontro do carro e entrei rapidamente, batendo a porta violentamente logo em seguida. Isso demonstrava o meu bom humor, principalmente pelo fato de ter calçado um tênis lindo, que combinava completamente com a roupa nova que eu tinha comprado recentemente!
            Mamãe entrou logo depois de mim, com aquela expressão assassina dela me encarando. Geralmente era esse olhar que ela fazia pra mim quando eu atrasava (quase sempre!). Devolvi um sorriso safado pra ela. Amor entre mãe e filha é tão bonito!
            Assim que abrimos o portão de casa, ela ligou o carro e saímos. Não estávamos nem um pouco atrasadas...só meia horinha! Dava pra me deixar na minha avó e chegar ao trabalho! Era só uma questão de cortar alguns carros, passar pelos sinais vermelhos e ir a 120 quilômetros por hora! Simples assim!
            Entretanto, para melhorar aquela manhã ainda mais, comecei a sentir umas “cosquinhas” em um dos meus pés dentro do meu calçado. Quer dizer, eu já havia sentido um pouco delas antes de sair de casa. Porém, naquele momento elas haviam se intensificado bastante, como se tivesse alguma coisa passeando por dentro, fazendo cócegas em meu pé. Tirei o tênis rapidamente, e quando vi, um baratão saiu de dentro dele. Diante daquela situação, era óbvio que meu rosto paralisado e pálido demonstrava o quanto eu havia adorado a minha “amiguinha cascuda”. Mamãe, me achando muito quieta (isso não era normal, sabe?), virou sua cabeça para o banco ao lado, onde eu estava, para ver o que diabos eu estava fazendo. Mas, antes que ela o fizesse completamente, dei um salto para o banco de trás, pois minha amável companheira de viagem havia subido agilmente com sua seis pernas pela porta do carro. E por essa razão eu realizei esse intento. Sabe como é, quis brincar de pique - esconde, desejando ardentemente que ela não me encontrasse.
            Mamãe, sem a menor idéia do que estava acontecendo, dirigiu um olhar questionativo a mim esperando uma resposta coerente. Eu, como uma filha obediente, ergui o dedo e o apontei em direção à porta do passageiro e logo depois comecei a gritar histericamente:
            -- BARATAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
            Mamãe sempre foi uma eterna amante dos animais por isso gritou:
            -- COMO ESSA NOJEIRA REPUGNANTE ENTROU AQUI DENTRO?!?!?!
            Eu sempre digo a verdade, não importa o quanto ela doa.
            -- Eu não faço a menor idéia, mãe... Você devia limpar o seu carro mais vezes!
            -- SUA PESTE! APOSTO QUE ISSO TEM A VER COM VOCÊ!!!
            Depois desse pequeno diálogo entre mãe e filha que se amam incondicionalmente, mamãe levou o carro para o acostamento da estrada e afundou o pé no freio. Assim, pulamos para fora do carro (nem estávamos desesperadas!) e escancaramos todas as portas. Eis aqui uma amostra de nosso companheirismo invejável:
            -- Tudo bem, vamos pensar em uma estratégia... – Disse mamãe com a expressão pensativa.
            -- Eu já tenho uma: eu espero aqui fora, enquanto você entra e dá um jeito nela!
            -- Eu sou a mãe aqui, eu ordeno e você obedece! Mas eu gostei do seu plano, inverteremos apenas os papéis!
            -- De jeito nenhum! Isso é plágio, a idéia foi minha! Espera aí - olhei para o interior do automóvel - cadê a barata?
            Depois de alguns segundos, mamãe disse:
            -- Não sei... Ela deve ter partido. Vamos filha, estamos atrasadas. Entre no carro... AGORA!
            -- Eu não! Ela ainda deve estar aí... AH!!! ELA TÁ ALI, ALI NO CHÃO, EMBAIXO DO BANCO DIANTEIRO!
            Mamãe, no pânico do momento, gritou, tirou seu tamanco do pé e o atirou com um golpe certeiro e fatal em cima de nossa pobre amiga. Pobrezinha, espero que ela vá para o céu das baratas, lugar agradável.... E bem longe daqui!
            Por fim, nos dirigimos para o interior do carro e seguimos para o nosso destino...
            -- Ai! Mãe, por que você parou o carro tão bruscamente?
            -- Filha – disse minha mãe, com uma calma contida e sem olhar para mim – você colocou em sua mochila aquela pasta cheia de documentos importantes como eu te pedi ontem?
            Meu sangue gelou.
              -- Não, não trouxe...
              -- Eu não consegui te ouvi filha, pode repetir por favor.
              -- Não, eu esqueci.
            E foi assim que mamãe ligou o carro e retornou para casa, praguejando palavras tão confusas que eu não entendia e nem queria entender.
            A felicidade então tomou conta da atmosfera fazendo desta manhã a mais perfeita de todos os tempos.
                                                                                                      
Utopia


Ideal sublime nos faz pensar
A real democracia invadindo todo  lugar!
Onde as pessoas se estimem,
Raças e Países unidos sem fronteiras,
Sem armas ou barreiras!
Em um mundo sem guerras nem dor
Onde todos obedeçam a grande lei:a do amor!
Para todos, direitos iguais!
sem diferenças sociais,
Pobreza, miséria,
Violência e criminalidade,
Problemas que infelizmente
Ainda assolam a humanidade!
É com pesar que ainda atualmente
Os homens com seu orgulho e egoísmo
Se digladiam mutuamente!
Entretanto é bom saber
Que o ser humano deve se conscientizar
Que cabe apenas e somente a ele
O planeta e assim, a humanidade salvar!

terça-feira, 8 de março de 2011

Viva o ônibus!

          Que ótimo! Por que isso sempre acontece comigo?! Eu só posso ser sortuda mesmo!Eu piso em um ônibus, nunca consigo UM lugar desocupado e, ainda por cima, sou prensada entre o povo, termo que aqui significa: ficar esmagada entre pessoas completamente desconhecidas e suportar corajosamente o suor, fedor e massa corporal delas por certo período de tempo.
            O motorista, claro, entende perfeitamente pessoas que ficam sempre em pé como eu. Corre que nem um louco, como se estivesse em uma pista de corrida! Eu tento me equilibrar, mas os outros parecem que não, pois sempre me acertam, caindo em cima de mim! Que raios é isso?! É um jogo chamado “Acertem a Luiza” cuja existência eu não estou sabendo?!
            Para ficar melhor ainda, um idiota que, não irritando pelo simples fato de estar sentado confortavelmente em seu banco, nos força a apreciar no mais alto volume possível uma porcaria de música sertaneja! Uma MÚSICA SERTANEJA! E droga, isso acontece justamente quando eu esqueço a porcaria do Ipod ou o fone de ouvido deste ou do meu celular! Sem nada pra fazer, no maior tédio dentro do ônibus eu acabo prestando atenção na letra, isso é revoltante!
Eu tenho mais o que fazer,
Será que você me entende? (...)”
            Não, eu decididamente não entendo. O que você tem mais o que fazer, letras de músicas sertanejas? Então isso é perder tempo!
“Quero um amor decente (...)”
            Você próprio não é decente  para cantar “isso”, imagine querer alguém desse patamar!
“Nossa paixão desmoronou
E só você não viu
Sua casa caiu”
            Como assim “sua casa caiu”? Que trecho revoltante é esse? Ele é um safado dissimulado e a mulher é obrigada a perceber que a relação terminou?
“Tô grilado, encanado
Por que armou isso comigo?
Tô pirado, revoltado
Não vou ser mais seu ombro amigo”
            Que horror!GRILADO? ENCANADO? PIRADO? Não podia ter usado palavras melhores não? Meu amigo, vai consultar um dicionário e aprimorar seu vocabulário!
“Para, para, para, tá louca
Tá tudo errado, fica longe da minha boca”
            Que grosseria é essa para com a mulher? Ela pode ter sido uma safada mas isso não é razão para ser um babaca! A é, estamos falando de um homem, ser desrespeitoso por natureza...

“Para, sua casa caiu de vez
Eu sei do seu passado
Você faz tudo errado
O amor ta acabado
Eu já to cansado
Da sua estupidez”
            NÃO! QUE RIDÍCULO! SÓ POR CAUSA DO PASSADO DELA???? E COMO ASSIM ELA FAZ TUDO ERRADO??? Ei, meu amigo, não se ama PORQUE mas sim APESAR DE! Sinto, mas se você quer uma mulher livre de defeitos então queridinho você NUNCA vai encontrar alguém! Sem falar que para um relacionamento acabar as DUAS PARTES fizeram algo errado! Ele tá colocando toda a responsabilidade nela!

            Aposto tudo que eu tenho que ele é desse mesmo jeito que ela! Não, acho que ele é pior!
HEIM!? POR QUE EU ESTOU OUVINDO ISSO PORCARIA????
Ai, ai! Pior que isso só FUNK! É só pensar nesse estilo deprimente que já começa a música a ser tocada dentro do ônibus, que porcaria!
“Que safado, tá gostando!
Tá achando muito bom...
Vendo bunda rebolando e descendo até o chão!
Tá achando muito fácil
Com a tequila, tá chapado
Deixa ele experimentar...
A nossa surra de bunda!!!”
            Isso definitivamente é triste! Elas próprias estão se desvalorizando com isso ( E ainda acabam com a nossa reputação)... Como elas perdem tempo cantando esse troço?! (Não foi uma pergunta, o ponto de interrogação serviu para exaltar a minha indignação) E pior ainda: AS PESSOAS OUVEM!!!

“Bate com bunda, bate com a bunda!
Bate , bate, bate ! Com a bunda!!!
Bate com bunda, bate com a bunda!
Bate , bate ! Com a bunda!!!
Essa é As Tequileiras, dando uma surra de bunda!
Bate com bunda, bate com a bunda!
Bate , bate ! Com a bunda!!!
Bate com bunda, bate com a bunda!
Bate , bate ! Com a bunda!!!”

            Faça-me um favor! Estou quase pegando o celular desse ser pra jogar pela janela! Essa “coisa” não tem conteúdo algum! Que letra baixo nível!!!!!!!! E é só isso que é expressado na música inteira! SÓ ISSO! Pelo menos colocasse mais palavras!
            E quanto ao nome do grupo “As Tequileiras”? Que tipo de pessoas dão esse nome a um grupo???A tá, pessoas que cantam bate com a bunda...
            A parte mais feliz de um ônibus é quando chegamos enfim ao nosso destino. Com um sorriso no rosto deixamos para trás as canções (Se é que podemos usar essa palavra para designar esses lixos), e o desconforto em geral, usando o eufenismo, é claro!
            Com alegria empurramos as pessoas/obstáculos para chegar até as portas do ônibus e, assim, alcançar a parada, sinônimo, neste caso, de paraíso!
                                                                                            

segunda-feira, 7 de março de 2011

Dicionário anti-homens da língua portuguesa

         Mentiroso (ô), adj. *Homem que abre a boca e começa a falar.
            Levantar, v. t. 1. Exercício com o corpo (exceto por uma parte que se localiza entre os membros inferiores e superiores) que os homens evitam fazer a qualquer custo. 2. Exercício que o órgão sexual masculino mais aprecia e realiza até involuntariamente.
            **Leviatã, sm. Homem com nível zero de utilidade e desempregado.
            Distante, adj. Homem após dois meses de casado (o valor dos meses pode variar com o grau de “pioridade” masculino).
            Distraído, adj. Homem durante todos os instantes de sua vida, do nascimento até a morte.
            Autônomo, adj. Característica que todos os homens acreditam ter, mas que não têm em absoluto, afinal dependem das mulheres tanto para nascer quanto para sobreviver***.
            Tarado, adj. Ser masculino no período da puberdade até a morte.
            Babar, v. t. Ato de molhar com baba muito praticado por animais irracionais como o cachorro e o homem****.
            Inexistente (z), adj. Característica que se dá ao cérebro de um homem.
            Cambada, s. f. Porção de coisas penduradas nalgum lugar. Exemplo: Os homens ficaram no bar até altas horas.
            Editar, v. t. Algo que Deus esqueceu de fazer quando criou o homem.
            Dúvida, s. f. incerteza feminina que vale muito mais que a certeza masculina.
            Destacável, adj m+f (destacar+vel) Quando um homem adquire um cérebro e o usa torna-se diferente dos demais, distingue-se.
            Cachorro, s. m. 1. Cão. 2. Animal doméstico que possui sentimentos por seus protetores. 3. adj. Característica errônea que se dá a um cafajeste, pois um cão vale muito mais que um homem!


            *Forma de vida masculina baseada em carbono pertencente a espécie humana.
            **No dicionário comum o conceito é de monstro mitológico do caos. Agora faça uma analogia.
            *** “Um homem sem uma mulher não constrói nada!” (Fernando Veríssimo)
            ****O primeiro o faz para regular a temperatura ou demonstrar sentimentos como alegria e gratidão, já o segundo o faz quando vê uma mulher bonita e inacessível ou somente por total estupidez mesmo!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ligeiramente confusa

                - Alô, quem fala?
                - Ângela! Não se lembra?
                - Não...
                - Marina, a gente é amiga de infância.
                - Ah... É você... O que quer?
                - Comentar a festa de ontem!
                - Festa? Do que você está falando?
                - Como você está confusa hoje!
                - É, um pouco... Acabei de acordar....
                -Isso não foi uma pergunta.
                - Ah...
                - Bom, estou falando da festa do Antônio! A que ocorreu ontem! Foi muito divertida!
                - Pare de gritar comigo...
                - Mas o volume da minha voz está normal, amiga. Ah! Já sei qual é o seu problema: ressaca! Você nunca bebeu tanto quanto ontem à noite! Menina, o que aconteceu? Você ficou louca! Soltou-se pra valer! Aliás, bota pra valer nisso!
                - Como Assim??? O que eu fiz???
                - Bom, você bebeu tequila e vodca como se fosse água, dançou de modo provocante uma espécie de “dança da mesa”, fez um mini-estriptise...
                - Mini-estriptise??? O que você quer dizer com isso?! Ai! Minha cabeça!
                - Não é nada de mais! Você apenas tirou a blusa e requebrou até o chão, girando-a na sua mão esquerda! Bonito aquele seu sutiã vermelho! Onde eu compro um igual e...
                - EU FIQUEI PRATICAMENTE NUA EM PÚBLICO E VOCÊ QUER SABER ONDE EU COMPREI O MEU SUTIÃ?! DIGA-ME COM SINCERIDADE: EU TIREI MAIS ALGUMA PEÇA DE ROUPA???
                - Não. Mas quanto ao sutiã...
                - Ângela!
                - Eu só estava brincando! Bom, após a sua pequena exibição pública, você cantou “cinco patinhos foram passear...” na frente de todos! Até a parte de tirar a blusa você estava até normal, mas quando você começou a cantar essa musiquinha pagou tanto de mico! Quase morri de vergonha!
                - Não vou discutir o seu conceito de normalidade agora... Minha cabeça dói tanto! Como eu não me lembro de nada disso???
                - Eu sei lá qual é a explicação científica para isso, só sei que quando estamos de ressaca as lembranças e informações demoram a voltar...
                - Ah... Bom, eu estou acabada. Planejo voltar a dormir e morrer hoje...
                - Antes de desligar, preciso lhe fazer uma pergunta: onde você está?
                - Em casa, onde mais?
                - Mas eu estou na sua casa agora e posso confirmar com toda a certeza do mundo que você não está aqui...
                - AI MEU DEUS! ESTE NÃO É O MEU APARTAMENTO!!!!!!!!

Mil e uma maneiras para burlar o sistema escolar


                *NTMC é uma estudante do ensino médio como outra qualquer, mas seus instintos de sobrevivência contra o sono em sala de aula são os mais modernos e avançados desse século.


1)      NTMC, o que você faz no primeiro horário todos os dias que pisa em uma sala de aula?
Eu durmo, porque nessa hora nem Deus está acordado! (risos)

2)      No segundo horário você já está acordada?
Isso depende do professor e da hora que fui dormir no dia anterior.

3)      E no horário seguinte?
Idem, pois a gente só acorda de verdade no intervalo. Mas se estivermos acordados fazemos algo muito mais interessante do que prestar atenção ao que o professor está dizendo.

4)      Tipo o quê, Por exemplo?
Eu ouço música, jogo no celular, converso, entro na internet, durmo de novo e ainda existem infinitas opções! (risos)

5)      Como você faz para o professor não perceber as atividades ilícitas que estão acontecendo em sua mesa?
Eu passo o fone de ouvido por dentro da roupa, coloco o estojo no meu colo com o I-Phone por cima para não dar reflexo. Nesse último caso você pode escolher ou jogar, ou entrar na internet ou assistir vídeos. No meu caso, eu prefiro ver vídeos de anime.  (risos)

6)      E digamos que se, por acaso, os leitores do meu blog não tiverem um I-phone , que outra dica você poderia oferecer a eles?
Isso é bem simples. Hoje aconteceu do meu I-phone descarregar e eu senti na pele como é não possuir esse objeto! (risos) Bom, no caso de não ter um I-phone ou de ele estar descarregado, deve-se sempre carregar na bolsa ou mochila uma revista ou um livro de sua preferência. Eu geralmente tenho uma revista de anime para essas emergências!

7)      NTMC, você lê “na cara dura” ou coloca a revista no colo?
Isso varia de professor para professor. No caso de ele ser bonzinho e ingênuo é “na cara dura”, mas se ele não for, existem mil e uma maneiras de esconder a minha atividade ilícita do momento: colar a revista (ou livro, afinal existem outras pessoas no mundo) na mesa da frente, colocar esse material no colo debaixo da mesa ou então por a mochila em cima da mesa para que seja possível abrir o mangá (no meu caso) dentro dela para lê-lo.

8)      Quanto tempo levou para você desenvolver essas técnicas consideradas tão avançadas pelos jovens?
Comecei no primeiro ano do ensino médio, foi onde tudo se perdeu! (risos)

9)      Após o intervalo, momento em que você citou estar acordada, o que você costuma fazer?
“Assistir” aula em outra turma, é claro!

10)   Que outras dicas comportamentais você daria aos nossos leitores?
Não se comportem e aproveitem a vida! Ah, posso acrescentar um comentário sobre essa entrevista?

11)   Claro, diga.
Espero que as pessoas se divirtam lendo essa entrevista, tanto quanto eu me diverti participando dela! (risos)



Texto: Kenga Nunes

*O nome da entrevistada foi mantida em sigilo por opção dela própria.